Justiça suspende pagamento de fiança milionária imposta a MC Ryan por danificar campo do XV
A decisão foi tomada durante o plantão judiciário do último domingo (11), um dia após o artista ser detido pela Guarda Civil Municipal.
A suspensão da exigência do pagamento imediato foi determinada pelo juiz Flávio Fenoglio
Piracicaba, SP, 13 (AFI) – A Justiça de São Paulo suspendeu temporariamente a cobrança da fiança de R$ 1 milhão imposta ao cantor MC Ryan, preso em flagrante após realizar manobras com um carro de luxo no gramado do estádio Barão da Serra Negra, em Piracicaba (SP). A decisão foi tomada durante o plantão judiciário do último domingo (11), um dia após o artista ser detido pela Guarda Civil Municipal.
A suspensão da exigência do pagamento imediato foi determinada pelo juiz Flávio Fenoglio, que acolheu parcialmente o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa. Com isso, o cantor poderá continuar em liberdade provisória sem o recolhimento da fiança, até que o relator natural do caso analise o mérito do recurso. Segundo os advogados, o valor arbitrado era “exorbitante” e desproporcional aos danos efetivos causados no estádio, que ainda estão sendo avaliados pelo XV de Piracicaba.
O CASO
Na noite de sexta-feira (9), pouco antes de sua apresentação marcada para as 23h, MC Ryan entrou com sua Lamborghini Huracán Evo 2022 no campo do estádio e executou manobras conhecidas como “cavalos de pau”. As imagens da ação circularam nas redes sociais e mostraram a extensão dos danos no gramado, considerado patrimônio do município. O contratante do evento acionou a GCM, e o cantor foi encaminhado ao 1º Distrito Policial da cidade.
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Em vídeo publicado nas redes sociais, o artista itiu a conduta, mas afirmou que o local estava vazio e que não colocou ninguém em risco. “Tinha um espaço bem livre lá. Acabei dando um cavalinho de pau. Não ofereci risco pra ninguém”, justificou o funkeiro, que também relatou ter sido surpreendido pela atitude do contratante ao chamar a polícia.
Além da suspensão provisória da fiança, o juiz manteve outras medidas cautelares. Ryan está proibido de frequentar bares, prostíbulos e locais com consumo de álcool ou drogas, não pode mudar de endereço ou deixar a comarca por mais de oito dias sem autorização judicial e deve comparecer mensalmente ao tribunal para justificar suas atividades. Também está vetado de comentar o caso em redes sociais ou meios de comunicação, direta ou indiretamente.
Por fim, a defesa afirmou que parte da indenização sugerida foi paga — R$ 20 mil de um total inicialmente estipulado em R$ 70 mil após negociação. A entrega do veículo às autoridades, conforme determinação judicial, também foi cumprida dentro do prazo estabelecido.
