São Paulo, SP, 21 (AFI) – Em tempos de luta pela igualdade das mulheres, o futebol ganha um exemplo de uma mulher corajoso e ambiciosa: Leila Pereira. Com o poder financeiro da Crefisa e da FAM, patrocinadores do Palmeiras, ela conseguiu uma vitória importante, nesta segunda-feira, para chegar à presidência do clube em 2021.

Com uma incrível manobra dos bastidores, ela driblou cardeais e fortes grupos do clube para mudar o estatuto. Em votação do Conselho Deliberativo foi aprovado o mandato para presidente do clube de dois anos com reeleição, num total de quatro anos, para três anos com reeleição, num total de seis anos.

Desta forma, a ‘poderosa’ patrocinadora fica mais perto de chegar ao poder máximo do clube. Ela chegará ao segundo mandato como conselheira em 2021 e, pelo estatuto, poderá se candidatar à presidência.

VOTAÇÃO EXATA
A votação foi apertada, como se esperava: 143 votos a favor e 79 contra, com duas abstenções. A quantidade de votos foi exatamente a necessária para a alteração.

Segundo o estatuto, é preciso 50% mais um voto dos 284 conselheiros. Ou seja, eram necessários 142 votos (50%) mais um voto.

O total de presentes foi de 224 conselheiros, um número considerado alto, mas justificado pela relevância do fato.

A mudança, porém, precisa ser aprovada agora pela Assembleia Geral de Sócios. Mas neste bloco eleitoral, Leila Pereira já tem o poder há muito tempo.

DOIS CANDIDATOS
Aqueles que votavam contra, achavam que a mudança do estatuto deveria valer somente para o próximo mandato. O atual presidente, Maurício Galiotte já manifestou o interesse de se candidatar à reeleição.

E o clima no Palestra Itália está quente, tanto que já existe até um candidato oposicionista: Genaro Marino, que é o atual vice-presidente, num racha claro do comando alviverde.